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|Dicas| Faça Boa Arte - Neil Gaiman

Boa tarde, pessoal...

... hoje deixo para vocês alguns trechos de um discurso que Neil Gaiman deu durante a formatura de alunos universitários do curso de artes.

Discurso


Esse discurso, antes de mais nada, conta um pouco sobre a experiência dele como autor e acaba servindo de lição para todos que querem ser escritores, blogueiros ou qualquer um que tenha um objetivo pessoal.

5 Livros De Terror Para Se Ler

Bom dia, pessoal ...
... Hoje venho trazendo uma lista com 5 sugestões de livros de terror para se ler.

livro

Como bom aficionado por livros, filmes e todo o universo do terror/suspense, eu presenteio vocês leitores com essa lista pessoal, sobre os melhores no gênero.



|Resenha| Coração De Aço - Um Mundo Sem Heróis?

Boa tarde, pessoal. Hoje começarei a resenha do livro Coração de Aço do Brandon Sanderson, que foi o lançamento da Aleph para o mês de novembro e se mostrou muito mais que um livro de heróis.

Vamos com a descrição do livro:
ResenhaTítulo: Coração de AçoTítulo original: Steelheart
Autor: Brandon Sanderson
Ano de publicação: 2013
Editora: Aleph
Páginas: 384
Lançamento desta edição: 2016

Tudo começou com Calamidade, que surgiu nos céus como uma estrela de fogo, e que ninguém sabe o que é realmente: seria algo alienígena, ou então um experimento do exército norte-americano? Seus efeitos, entretanto, podem ser sentidos algum tempo após seu surgimento: pessoas comuns passam a ter poderes que desafiam as leis da física e da lógica. Parece que uma nova era está para surgir. E surge: os nomeados Épicos não apenas se tornam poderosos, mas também ganham uma sede insaciável de poder e parecem perder toda sua humanidade no processo, deixando o resto da população à mercê de suas vontades e caprichos. Dentre eles o mais poderoso é Coração de Aço, um ser invulnerável a qualquer tipo de ataque e com capacidade de manipular e transformar objetos inorgânicos em metal, que decide tomar a cidade de Chicago e ali estabelecer seu império.

|Resenha| Pedra No Céu - Excluídos Do Império


Título: Pedra no céu
Título original: Pebble in the sky
Autor: Isaac Asimov
Ano de publicação: 1950
Editora: Aleph
Páginas:312
Lançamento desta edição: 2016


Olá a todos, depois de um leve período sem escrever aqui, devido a correria cotidiana, venho aqui para falar de uma de minhas últimas leituras... "Pedra no céu" do Issac Asimov.

Bom, não preciso comentar muito sobre o autor, já é um dos grandes pilares da ficção científica, pai de muitas obras como "eu robô" ou "a fundação".

Pedra no Céu é um dos primeiros livros do autor e já mostra todo o potencial e ideias que são expandidas na saga "a fundação". Começamos sendo apresentados ao personagem central da trama, Joseph Schwartz é um alfaiate que devido a um acidente acaba sendo lançado milhares (ou milhões) de anos no futuro.

O livro é construído sob várias ideias boas e o resultado disso tudo é que encontramos um planeta Terra radioativo, com seus habitantes rejeitados por todo o Império Galáctico (constituído de milhares de planetas).

Qualquer planeta é a Terra para aqueles que nele vivem.

Schwartz é um bom protagonista e acompanhar sua chegada nessa Terra futurista e todo o processo de aprendizagem é algo bem interessante. Empecilhos, como o idioma e a aparência são superados de uma maneira inusitada, mas crível. Acompanhamos bem de perto como o único elo com o verdadeiro passado do Império se encaixa naquele futuro e sua relação com os outros personagens.

Para o resto da Galáxia, se é que notam a nossa existência, a Terra é apenas uma pedra no céu.

Eu particularmente gostei de como a trama é contada, aonde acompanhamos um número razoável de personagens, em seus respectivos capítulos, que vão aos poucos revelando o ápice da história. Chega um momento que você quer que todos os personagens se encontrem, sentem numa mesa com uma xícara de café e apresentem suas ideias, contem o que sabem e resolvam toda a situação. A convergência deles parece necessária.

Claro que há defeitos na história e pontos que poderiam ser melhor explorados, como o final da trama que acontece de forma um pouco apressada demais, de maneira que ficamos esperando algo a mais.

Em resumo é um livro bom, possui todos os elementos necessários para um bom sci-fi e todos os argumentos para as ações dos personagens funcionam bem. Uma história gostosa de ser lida e rápida que te mostra um pouco do universo do autor.

Bom, enquanto a capa/diagramação não posso reclamar de nada, pois a Aleph caprichou bastante. A capa está surpreendentemente bonita e relacionada à trama.
 

Nota: 

Gostam de ficção-científica? Deixem seu comentário e não esqueçam de curtir a página.

Por Que A Fantasia Não Tem Espaço Aqui?


Boa noite, gente.

O título inicial deste post era pra ser: "O Brasileiro virou extremista, o surgimento da intolerância literária e por que a fantasia não tem espaço aqui?", mas vi que isso era imenso e resolvi sintetizá-lo. Mas todas as ideias estão aí, como originalmente pensadas.

Quero falar algumas coisas e vi/li ultimamente e notei estarem, de certo modo, conectadas de uma forma bem íntima. Resolvi então escrever tudo aqui para botar o vinha se passando na minha mente de uma forma mais ou menos organizada. .

Bom, com o advento da Bienal do Livro em São Paulo, vi diversos posts em muitos blogs, páginas no facebook e artigos comentando sobre intolerância literária e também vi diversos "ataques" a alguns gêneros literários específicos e aos famigerados livros de youtubers.

Em resumo, vi muito mimimi e notei algo que podemos notar muito bem aqui no Brasil, ultimamente, tanto na política, no futebol e em uma porção de assuntos. E esse é o primeiro ponto: O Brasileiro virou extremista.


Parece que ao conversar com alguém sobre alguns temas, as pessoas em geral (existem exceções, claro) assumem uma posição ofensiva e partem ao ataque com unhas e dentes. O que era para ser apenas um diálogo logo vira um campo de guerra, como se cada opinião fosse a verdade absoluta e ninguém pudesse discordar disso. 

No meio desse extremismo desregrado é que se encontra a sementinha da intolerância literária. Para explicar em poucas palavras, a pessoa fica bitolada a um gênero literário e tenta sempre impor os seus gostos, menosprezando, ofendendo ou desvalorizando um (ou mais) gêneros específicos. Atitude essa que não possui fundamento lógico nenhum, gera muita discussão e pouca conclusão.

É natural, que conforme avançamos na nossa vida literária, nos deparemos com inúmeros gêneros e escritores de diferentes níveis, com escritas mais rebuscadas e floreadas ou mais cruas e diretas e com o tempo, criaram nossos vícios e ciclos, aonde podemos falar com toda a certeza: - Gosto de livros de ficção-científica, fantasia ou investigativo/policial. 

Tudo isso é muito normal e não há problema nenhum nessas afirmações. O problema reside na pessoa que se fecha nesses círculos e resolve atacar esses gêneros, em qualquer instância. Sabemos que existem livros comerciais, de conteúdo raso e feito para movimentar as vendas rapidamente, mas acredito que esses livros sejam a exceção e não a regra. Crepúsculo, 50 tons de cinza e afins já sofreram muito com toda essa intolerância vinda de pessoas que, muitas vezes, nem tentaram ler tais livros. Não pense que isso para por aí, até o famoso Harry Potter já sofreu aqui nas nossas terras Tupiniquins. Segundo depoimento da Ruth Rocha, de 2015:

Isso não é literatura, isto é uma bobagem. É moda, vai passar (...) literatura é uma expressão do autor, da sua alma, das suas crenças. Esta literatura com bruxas é artificial.

Lemos isso e já sentimos a bordoada na nossa cara, adentrando assim na última parte do título imenso deste post. Por que a fantasia não tem espaço aqui?


Leitores e leitoras, nada de tirar o seu da reta, pois quando falo fantasia eu estou englobando a ficção-científica, terror e todo o resto num balaio só.

Diga que gosta de fantasia e prepare-se para as mais diversas reações. É explicar que um livro sobre um carro ciumento e vingativo possa ser uma excelente história de amor, que se um dia você acordar com o corpo segmentado e muitas pernas, a confiança em sua família não seja a coisa mais sábia a se fazer, ou que existem guarda-roupas que te levam para terras distantes e mágicas. Ao final, é não ser levado a sério. Enfrentar o sorriso de deboche, aquele te indicando que aquela pessoa, induzida ou não pela mídia, não considera que fantasia é literatura.

Historicamente, aqui no Brasil, temos a resposta do porque desse comportamento enraizado em nossas almas, vindas da nossa tradição em apresentar narrativas que enfatizam o testemunho, o realismo, bem no molde Francês de se fazer as coisas. É a literatura se preocupando com o cotidiano, a violência e a pobreza.

A fantasia é vista como algo leviano e infantil, de certo modo desconexa da realidade, de maneira que ela não se importa com coisas sérias, do jeito que estamos acostumados. Ao se fugir dos padrões estabelecidos, acaba-se sendo menosprezado pelo pessoal da alta literatura.

A ficção-científica faz questão de não tocar nunca em problemas psicológicos ou questões sociais. Ao embarcar para o espaço, perdeu o contato não só com a Terra, mas também com a realidade.

Isso é uma mentira e tanto. A fantasia explora mundos mágicos, cria universos, mas trás também muitos dos problemas enfrentados reais tratados através das próprias lentes. A extrapolação do real através do imaginário. Sempre lembrem o que Stephen King disse: Ficção é a verdade dentro da mentira.


Então a lição que fica nesse post é: Cuide da sua vida e seja feliz (hahaha, brincadeira). Respeite os outros, seja na política, no esporte e na literatura também. Nada de ataques e generalizações, se gosta de uma coisa não implica que você deve odiar a outra. Não seja extremista em nada. Tuas preferências também não são perfeitas. Enfim, aproveite esse post e dê uma expandida em seus gêneros literários. Que tal um romance, uma ficção-científica ou um terror daqueles de passar a noite em claro?

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