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Por Que A Fantasia Não Tem Espaço Aqui?


Boa noite, gente.

O título inicial deste post era pra ser: "O Brasileiro virou extremista, o surgimento da intolerância literária e por que a fantasia não tem espaço aqui?", mas vi que isso era imenso e resolvi sintetizá-lo. Mas todas as ideias estão aí, como originalmente pensadas.

Quero falar algumas coisas e vi/li ultimamente e notei estarem, de certo modo, conectadas de uma forma bem íntima. Resolvi então escrever tudo aqui para botar o vinha se passando na minha mente de uma forma mais ou menos organizada. .

Bom, com o advento da Bienal do Livro em São Paulo, vi diversos posts em muitos blogs, páginas no facebook e artigos comentando sobre intolerância literária e também vi diversos "ataques" a alguns gêneros literários específicos e aos famigerados livros de youtubers.

Em resumo, vi muito mimimi e notei algo que podemos notar muito bem aqui no Brasil, ultimamente, tanto na política, no futebol e em uma porção de assuntos. E esse é o primeiro ponto: O Brasileiro virou extremista.


Parece que ao conversar com alguém sobre alguns temas, as pessoas em geral (existem exceções, claro) assumem uma posição ofensiva e partem ao ataque com unhas e dentes. O que era para ser apenas um diálogo logo vira um campo de guerra, como se cada opinião fosse a verdade absoluta e ninguém pudesse discordar disso. 

No meio desse extremismo desregrado é que se encontra a sementinha da intolerância literária. Para explicar em poucas palavras, a pessoa fica bitolada a um gênero literário e tenta sempre impor os seus gostos, menosprezando, ofendendo ou desvalorizando um (ou mais) gêneros específicos. Atitude essa que não possui fundamento lógico nenhum, gera muita discussão e pouca conclusão.

É natural, que conforme avançamos na nossa vida literária, nos deparemos com inúmeros gêneros e escritores de diferentes níveis, com escritas mais rebuscadas e floreadas ou mais cruas e diretas e com o tempo, criaram nossos vícios e ciclos, aonde podemos falar com toda a certeza: - Gosto de livros de ficção-científica, fantasia ou investigativo/policial. 

Tudo isso é muito normal e não há problema nenhum nessas afirmações. O problema reside na pessoa que se fecha nesses círculos e resolve atacar esses gêneros, em qualquer instância. Sabemos que existem livros comerciais, de conteúdo raso e feito para movimentar as vendas rapidamente, mas acredito que esses livros sejam a exceção e não a regra. Crepúsculo, 50 tons de cinza e afins já sofreram muito com toda essa intolerância vinda de pessoas que, muitas vezes, nem tentaram ler tais livros. Não pense que isso para por aí, até o famoso Harry Potter já sofreu aqui nas nossas terras Tupiniquins. Segundo depoimento da Ruth Rocha, de 2015:

Isso não é literatura, isto é uma bobagem. É moda, vai passar (...) literatura é uma expressão do autor, da sua alma, das suas crenças. Esta literatura com bruxas é artificial.

Lemos isso e já sentimos a bordoada na nossa cara, adentrando assim na última parte do título imenso deste post. Por que a fantasia não tem espaço aqui?


Leitores e leitoras, nada de tirar o seu da reta, pois quando falo fantasia eu estou englobando a ficção-científica, terror e todo o resto num balaio só.

Diga que gosta de fantasia e prepare-se para as mais diversas reações. É explicar que um livro sobre um carro ciumento e vingativo possa ser uma excelente história de amor, que se um dia você acordar com o corpo segmentado e muitas pernas, a confiança em sua família não seja a coisa mais sábia a se fazer, ou que existem guarda-roupas que te levam para terras distantes e mágicas. Ao final, é não ser levado a sério. Enfrentar o sorriso de deboche, aquele te indicando que aquela pessoa, induzida ou não pela mídia, não considera que fantasia é literatura.

Historicamente, aqui no Brasil, temos a resposta do porque desse comportamento enraizado em nossas almas, vindas da nossa tradição em apresentar narrativas que enfatizam o testemunho, o realismo, bem no molde Francês de se fazer as coisas. É a literatura se preocupando com o cotidiano, a violência e a pobreza.

A fantasia é vista como algo leviano e infantil, de certo modo desconexa da realidade, de maneira que ela não se importa com coisas sérias, do jeito que estamos acostumados. Ao se fugir dos padrões estabelecidos, acaba-se sendo menosprezado pelo pessoal da alta literatura.

A ficção-científica faz questão de não tocar nunca em problemas psicológicos ou questões sociais. Ao embarcar para o espaço, perdeu o contato não só com a Terra, mas também com a realidade.

Isso é uma mentira e tanto. A fantasia explora mundos mágicos, cria universos, mas trás também muitos dos problemas enfrentados reais tratados através das próprias lentes. A extrapolação do real através do imaginário. Sempre lembrem o que Stephen King disse: Ficção é a verdade dentro da mentira.


Então a lição que fica nesse post é: Cuide da sua vida e seja feliz (hahaha, brincadeira). Respeite os outros, seja na política, no esporte e na literatura também. Nada de ataques e generalizações, se gosta de uma coisa não implica que você deve odiar a outra. Não seja extremista em nada. Tuas preferências também não são perfeitas. Enfim, aproveite esse post e dê uma expandida em seus gêneros literários. Que tal um romance, uma ficção-científica ou um terror daqueles de passar a noite em claro?

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|Séries| Spielberg Com Uma Pitada De King - O Que Falar De Stranger Things?

Nas últimas semanas uma série estreou no Netflix e em pouco tempo já estava sendo comentada em todas as redes sociais e fazendo o maior sucesso. E então, a pergunta que fica no ar é: O que tem de tão especial essa tal de Stranger Things?

Assistindo a série, me deparei com uma história que tem em seu cerne muito dos anos 80. Os Duffer brothers pegaram tudo o que houve de melhor nesta época, misturando um pouco de It de Stephen King aqui, uma porção de E.T. de Spielberg ali e muitas outras coisas que acabam permeando cada um dos episódio. As referências nem sempre evidentes, dão um toque especial e acabam fazendo-nos imergir ainda mais na atmosfera criada.

Mas se notarmos nos últimos anos, muitos filmes estão vindo com essa pegada anos 80, sendo que muitos deles são simples remakes ou continuações que cutucam a gente lá no fundo. Muitas vezes trazendo coisas novas, como o exemplo em Mad Max e em outras vezes coisas não tão novas, mas que vêm embutidas de muita nostalgia, como em Star Wars VII.

No meio de toda essa exploração desta divertida década, temos muitas vezes, coisas mal feitas e bem inferiores aos originais, de forma que pouca coisa realmente nova e boa é criada.

Stranger Things é a exceção a regra e une o melhor dos anos 80, te apresentando personagens bem carismáticos, uma trama envolvente e bem escrita e ideias que são ao mesmo tempo ousadas e simples (a maneira que tratam a trama acaba te encantando). Trata-se de uma série que trabalha um suspense sobrenatural e se você ainda não assistiu, eu recomendo que veja, pois são apenas 8 episódios nessa temporada de estreia e todos eles te deixam com aquela boa sensação de quero mais.
Caso você ainda esteja relutante e ache que todo o cenário e atores não te farão emergir totalmente lá em 1980, pode ter certeza que a trilha sonora dará conta do recado e com certeza conseguirá fazer isso. Nada como uma velha música oitentista que passa por Should I stay or Should I go do The Clash ou Heroes do David Bowie (fui utilizada uma versão dessa música gravada por Peter Gabriel).

A história da série se passa toda na cidade de Hawkins, onde em uma noite normal, após jogar RPG com seus amigos, Will Byers desaparece a caminho de casa. No outro dia, seus amigos vão procura-lo na floresta perto da casa deles e acabam encontrando uma garota misteriosa de cabelos raspados e são esses fatos que iniciam os acontecimentos estranhos que permearão todo o local.
Com pitadas de terror, suspense e uma boa diversão, Stranger Things cumpre a missão e a meu ver acerta em alguns pontos que são fundamentais para a série emplacar:

- Os personagens não são estereotipados! Isso pra mim é um ponto bem importante, odeio assistir a um filme e me deparar com aquele típico bonitão pouco inteligente, a menininha frágil que será salva pelo herói ou até aquele policial que ignora os fatos e nunca resolve o caso. Aqui nessa série isso não ocorre, a meu ver, pois cada personagem é aprofundado na medida certa e possui assim certa riqueza. Talvez parte disso venha pela bela interpretação do elenco como um todo;

- Trama interessante com resolução satisfatória! Não tem coisa mais chata do que uma trama enrolada e que demora pra mostrar ao que veio e pior ainda se ao fim de um martírio de inúmeros episódios a resolução de tudo for ruim, mal pensada ou rápida e fácil demais. Stranger Things é bem sucinta em seus 8 episódios, não sendo uma série arrastada não. Os cortes de episódio são muito bem pensados e te deixam sempre querendo ver o próximo e a resolução de tudo se dá de maneira muito satisfatória (não darei spoilers, só saibam que gostei haha).


Então é isso, mergulhe você também nesse mundo de referências que variam de Tubarão a Michael Myers (Halloween), tudo isso com uma boa pegada do mestre King.


* se quiserem fazer um logo no estilo Stranger Things, o link é esse: Make it Stranger


O Universo Estendido De Stephen King E Como Lidar Com Isso?

Oi, pessoal

Hoje falarei um pouco sobre o universo estendido de Stephen King e um pouco dessa teia de conexões. Bom, entre os primeiros romances do autor encontram-se Carrie, a estranha e Salem's (Já foi publicado aqui no Brasil com o título A hora do vampiro), onde o primeiro retrata a vida de uma garota com uma história familiar bem complicada, que sofre bullying no colégio e acaba descobrindo por alguns motivos que possui o poder da telecinese e com isso o gosto da vingança (essa história já é bem conhecida por muita gente, pois foi adaptada para o cinema milhões e milhões de vezes) e o outro retrata a vida na cidade de Jerusalem's lot (vale a pena ler o livro e descobrir o porquê deste nome para a cidade) e todos os eventos decorrentes da chegada de dois novos moradores. Com estas histórias, King começou a semear os seus primeiros elementos de seu universo literário: Os telepatas e os vampiros.

|Filme| O Que Esperar Do Filme Da Saga A Torre Negra?


“A torre negra é a obra mais ambiciosa do escritor Stephen King, apresentando ao leitor o fascinante personagem de Roland Deschain, último descendente do clã de Gilead, e derradeiro representante de uma linhagem de implacáveis pistoleiros desaparecida desde que o Mundo Médio onde viviam "seguiu adiante".
Para evitar a completa destruição desse mundo já vazio e moribundo, Roland precisa alcançar a Torre Negra, eixo do qual depende todo o tempo e todo o espaço, e verdadeira obsessão para Roland, seu Cálice Sagrado, sua única razão de viver. O pistoleiro acredita que um misterioso personagem, a quem se refere como o homem de preto, conhece e pode revelar segredos capazes de ajudá-lo em sua busca pela Torre Negra, e por isso o persegue sem descanso. Pelo caminho, encontra pessoas que pertencem a seu ka-tet – ou seja, cujo destino está irremediavelmente ligado ao seu”.

O Veredito: O Livro É Sempre Melhor Que O Filme?

- Então, assisti um baita filme no cinema essa semana, achei incrível, uma boa trama, personagens comoventes e ...

- Uhmm, você gostou do filme? O livro é bem melhor, no filme mudaram muita coisa.

Sim, de tempos em tempos esse assunto volta a tona na roda de amigos, nos fóruns ou grupos no facebook, sendo que mal um filme baseado em um livro foi anunciado e já temos muitas opiniões, críticas e esperanças. Sim, eu sou um desses que tem a esperança de ver meu personagem preferido retratado dignamente nas telonas, ou uma cena única de algum determinado livro, a qual às vezes nem chega a aparecer (sim, sejam bem-vindos à decepção).

Existem inúmeros motivos do porque que achamos o livro melhor, primeiramente, se a história é realmente boa, mergulhamos no livro por horas, provavelmente dias ou até semanas. Durante esse tempo criamos a aparência de cada personagem na nossa cabeça, damos a nossa entonação às falas e tudo isso baseando-nos nas descrições, situações e pensamentos de cada personagem.

Sim, os filmes do Harry Potter foi um sucesso, mas
de forma algum foram iguais aos livros.

O processo de leitura é algo bem íntimo e cada leitor é um sujeito ativo deste processo. Então o primeiro ponto para acharmos o livro melhor, vem do fato da divergência entre a nossa imaginação (que cria sim, cenas incríveis) e o filme (escolha de atores, cenários, entonação nas falas, etc.).

Outro ponto importante que acaba nos influenciando, vem do fato de mudanças na trama, corte de certos trechos, divergência de finais ou até descaracterização de personagens. Sim, não adianta chorar, vai acontecer (por mais triste que isso seja!). Primeiramente o filme vai ter que se encaixar em um período de cerca de duas horas de duração e com um orçamento delimitado, que vão fazer aquela bela história de 500 páginas sofrer grandes mudanças. Além disso, muitas vezes o diretor tem uma visão própria da história e acaba querendo dar seus próprios tons e nuances, mudando assim determinadas partes. Tem também o caso de troca de final para surpreender até quem já leu o livro, para que o filme traga algo novo para todos conferirem.

Sim, a série Game of Thrones, atualmente
é um sucesso, mas também é outro exemplo
de que se pode ser bom ser sem igual ao livro.

De qualquer maneira, ambas as mídias têm seus jeitos de retratar uma trama, possuindo seus pontos positivos e negativos. No fundo eu adoro ver um livro que me trouxe várias emoções boas lá na telona. No fim é divulgação de uma história boa e daquele autor e é sempre um incentivo para gente nova criar coisas diferentes e interessantes. Um exemplo de como um filme pode ser uma boa divulgação pode ter sido vivenciado por todos, pois quem nunca viu um filme muito bom e acaba descobrindo que aquela obra-prima é baseada em um best-seller? Sim, uma excelente sensação.

Alguns dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. Voltando para a roda de amigos do começo do post eu vejo que tem sempre gente que discorda disso. No fim, cada caso é um caso sendo que exitem boas adaptações e outras nem tão boas (para não dizer ruins) mas de qualquer forma ambas mídias sempre nos trarão momentos únicos, cada uma à sua maneira. Essa foi a estréia da coluna Entretenimento Total, que trará para vocês curiosidades, questionamentos e um pouco de diversão.